Portugal entra, novamente, em campo na Taça das Confederações esta quarta-feira, em busca da primeira vitória na competição.

Na sequência do empate já tardio e inesperado por 2-2, obtido frente ao México no passado domingo, a seleção campeã da Europa enfrenta agora, com menos um dia de descanso, a equipa que joga frente ao seu público: a Rússia.

Rússia - Novo treinador, alguns abandonos

Depois de um Euro 2016 desastroso - em que apenas foi capaz de conquistar um ponto da fase de grupos - Leonid Slutsky deu lugar a Stanislav Cherchesov no comando técnico da seleção russa. Se, por um lado, esta mudança de treinador já é por si um fator de relativa instabilidade, por outro, esse cenário agrava-se um pouco se considerarmos as alterações e as lesões a que a equipa foi sujeita, por exemplo, com as ausências de Neustadter, Mário Fernandes, Alan Dzagoev, Dzyuba e Kokorin

Na verdade, no que diz respeito ao plano defensivo, apesar de manter Akinfeev na baliza e Dmitri Kombarov na defesa, as várias mexidas levam o seleccionador russo - que costuma jogar com 3 centrais - a não contar com muitas opções de considerável experiência internacional no seu plantel.

De resto, numa equipa construída tendo por base o campeonato russo e a participação garantida no Mundial de 2018, por ser o país organizador, a Rússia tem realizado maioritariamente jogos amigáveis, sobrando, portanto, algumas dúvidas em relação ao nível de performance com que se apresentarão os anfitriões neste jogo (ainda que tenham sido confortavelmente superiores à Nova Zelândia, na primeira jornada).

No entanto, para além do apoio do público, alguns pontos fortes que podem fazer a diferença nesta partida serão os lances de bola parada - uma vez que a Rússia marcou de bola parada em 3 jogos consecutivos antes da Taça das Confederações (frente à Bélgica, à Hungria e ao Chile) e o defesa Viktor Vasin tem sido uma mais-valia em lances aéreos, marcando por duas vezes nos seus últimos quatro jogos - e o momento de forma do avançado Fyodor Smolov, que iniciou e completou a jogada do 2-0 no jogo anterior, completando também mais dribles que qualquer outro jogador na primeira ronda de jogos.

A equipa provável para defrontar Portugal será composta por: Igor Akinfeev; Fyodor Kudryashov, Georgiy Dzhikiya e Viktor Vasin; Denis Glushakov, Aleksandr Erokhin e Aleksandr Golovin; Yuri Zhirkov, Aleksandr Samedov, Fyodor Smolov e Dmitri Poloz.

Portugal: alterações na mira

Do lado português, é expectável que Fernando Santos opere algumas mudanças na equipa inicial, surgindo Nani e João Moutinho como principais candidatos à saída -  tendo em conta o desempenho dos jogadores no passado domingo e o curto descanso entre jogos (apenas três dias) -, com Gelson Martins, Bernardo Silva, Adrien e André Silva a competirem por uma entrada no onze inicial.

Dada a reduzida dificuldade esperada no último jogo da fase de grupos, diante da Nova Zelândia, uma vitória nesta partida poderá significar o carimbo de passagem às meias-finais, permitindo até, eventualmente, uma qualificação no primeiro lugar do grupo.

Para além disso, a vantagem teórica que será fácil de reconhecer aos portugueses é apoiada pelos dados disponíveis dos confrontos diretos entre as duas seleções no passado, que atribuem 50% dos triunfos aos lusos, com apenas um terço de vitórias russas e uma diferença de 7 golos marcados a favor da equipa das quinas. 

Portugal deverá alinhar com: Rui Patrício; Cédric Soares, Pepe, José Fonte e Raphael Guerreiro; William Carvalho, Adrien, André Gomes e Quaresma; Ronaldo e André Silva. 

A partida começa às 16:00 de Portugal Continental desta quarta-feira e será disputada na Arena Otkrytie, em Moscovo.

Acompanhe tudo aqui, em Vavel Portugal.