O técnico Rui Vitória conta com inúmeras baixas para a deslocação ao Bessa: Jardel, Fejsa, Gaitán e Mitroglou estão fora de combate. A ambição benfiquista mantem-se, e frente ao Boavista só os três pontos interessam. Num duelo duro entre panteras e águias, os encarnados quererão triunfar para recuperar o 1º lugar perdido provisoriamente para o Sporting, que nesta jornada 27 da Liga NOS bateu o Arouca por 5-1.

Primeira volta: águia geriu a pantera tranquilamente

Na primeira volta da Liga NOS, o SL Benfica recebeu o Boavista numa altura em que Petit ainda orientava os boavisteiros. Com o esférico a rolar os encarnados não apresentaram um futebol muito veloz, mas trabalharam o suficiente para inaugurar o marcador ao minuto 39 por intermédio de Gonçalo Guedes. Na segunda parte o Boavista ainda assustou as redes vermelhas, mas foi com justiça que o Benfica geriu a posse de bola até garantir os 3 pontos a 2 minutos dos 90 por Carcela.

Águia desfalcada mas motivada

Para o embate diante o Boavista, o Benfica chega ao Bessa sem 4 peças fulcrais no xadrez de Rui Vitória. Por um lado, não contará com Jardel e Mitroglou por castigo, e por outro ficarão de fora Fejsa e Gaitán por lesão. Em sentido inverso, Lisandro está de volta e deverá fazer dupla com a mini águia Lindelof no eixo central da defesa. O guardião Ederson irá manter a titularidade, ficando ainda Júlio César de fora. O brasileiro Ederson será um muro autêntico e vai ser difícil retirá-lo dos postes, mesmo quando o imperador regressar. Nas laterais, Eliseu será o dono da esquerda, mas a dúvida na direita subsiste: André Almeida ou Nélson Semedo? Será um jogo duro, pelo que talvez André Almeida faça mais sentido na estratégia de Vitória, por apresentar mais agressividade na disputa dos lances, cabendo ao treinador desfazer todas as dúvidas na hora do duelo.

No meio-campo, Renato regressa após castigo e poderá desenhar novamente a dupla com Samaris, que tantas alegrias tem dado aos benfiquistas. Parar Renato será a missão (quase) impossível do Boavista, uma vez que o jogo do Benfica vive muito da forma como o jovem dinamiza as saídas da defesa para o ataque, surgindo também na frente para finalizar ou servir os avançados. Em jogos destes, em relvados difíceis, o papel dos médios é fulcral para não descompensar a equipa, e Renato será sem dúvida o alvo a abater para as panteras. Na frente, Salvio deverá ser o eleito para render Gaitán, mas os velozes Guedes e Carcela espreitam também uma possivel entrada no 11. Caso Salvio não esteja bem fisicamente, Carcela perfila-se como o potencial escolhido uma vez que mostra sempre velocidade, fintas e remates quando é aposta de Vitória. Por fim Pizzi, Jonas e Jiménez fecham o quarteto da frente, com o mexicano a substituir Mitroglou: será desta que vai justificar o forte investimento? Jonas será um exemplo para Jimenez neste jogo, em que vencer é fundamental para recuperar a liderança.

Boavista: em casa o xadrez é deles

Na jornada anterior, os boavisteiros esmagaram o Marítimo por 0-3 na Madeira e chegam ao jogo com o Benfica com a motivação em alta. Para jogar frente ao Benfica o Estádio do Bessa estará bem composto, fazendo lembrar o Bessa de há uma decada atrás. A jogar, Sánchez irá apresentar uma estratégia não demasiado defensiva, para evitar que o Benfica esmague a sua baliza. O bloco médio permite ao Boavista pressionar o espaço de acção de Renato, tentando partir para rápidos contra golpes depois de recuperar o esférico. O jogo colectivo tem sido o segredo da pantera e tentará chegar, no mínimo, a um empate, para manter firme o objectivo de se manter na Primeira Liga. As ausências de Anderson Carvalho e Henrique são de peso, mas Afonso Figueiredo e Anderson Correia já poderão entrar nas contas do técnico.

Em suma, para repetir o feito frente ao Sporting, o Boavista terá de ser fortíssimo a defender, agressivo a pressionar e audaz a contra-atacar.