Com 45 995 nas bancadas da Luz, os encarnados receberam e venceram o Rio Ave por 3-1 numa tarde de futebol bem praticado. Jonas bisou para as águias e Raúl Jimenéz completou o «score» encarnado (a passe do brasileiro, que foi o homem da tarde). Para o Rio Ave, Bressan reduziu, mas os três pontos ficaram mesmo na Luz. O brasileiro Jonas Renato Sanches encheram o campo numa partida que ficou resolvida apenas a 9 minutos do fim.

Primeira parte: ritmo louco com Jonas e Bressan em foco

O sol de inverno brindou o Estádio da Luz para um jogo verdadeiramente extraordinário com duas equipas a praticarem um futebol vivo e ofensivo. O duelo entre Benfica e Rio Ave começou logo frenético, com as duas formações a esticarem o jogo para o ataque. Ao minuto 4, o inevitável Jonas surgiu solto na área e à segunda tentativa bateu Cássio, inaugurando o marcador. O brasileiro baralhou completamente a defesa do Rio Ave e com este golo o canarinho destaca-se no topo dos melhores marcadores, com 12 tiros certeiros na Liga NOS. Pouco depois relevo para uma jogada belíssima dos encarnados com Renato Sanches a conduzir o esférico pelo centro combinando com Pizzi e Gonçalo Guedes terminando o mesmo Renato Sanches por surgir na área rematando ligeiramente ao lado.

Depois deste lance, o Rio Ave respondeu com contra ofensivas velozes de Heldon. Ao minuto 13, os homens de Vila do Conde beneficiaram de um livre e na conversão Bressan puxou do gatilho e atirou sem apelo nem agravo para o empate com a bola a entrar no ângulo inferior esquerdo sem hipótese para Júlio César. Com a igualdade, o jogo acalmou mas o ritmo ofensivo das duas equipas manteve-se com Jonas e Pizzi muito interventivos na frente. As três flechas do Rio Ave estiveram endiabradas, com destaque para Heldon.

Perto da meia hora, pediu-se grande penalidade para o Benfica por alegada mão do defesa do Rio Ave. As águias mostraram que queriam os três pontos e Renato Sanches visou por duas vezes a baliza, faltando apenas a melhor direcção. Na resposta, Bressan ficou  a centímetros de virar o resultado depois de um disparate de André Almeida na lateral. Perto do intervalo, o central Marcelo cortou o potencial golo de Gonçalo Guedes - em balanço deste primeiro tempo nota de destaque para um jogão ofensivo de ambas as equipas.

O empate acaba por se aceitar perante um espetáculo do melhor que esta temporada já teve. O golo 12 de Jonas inaugurou o marcador, mas Bressan igualou marcando o quinto na Liga NOS. Em termos individuais Renato, Pizzi e Jonas estiveram em foco nos encarnados e, para o Rio Ave, Heldon e Bressan apresentaram-se a bom nível. O cabo-verdiano Heldon saiu lesionado já perto do intervalo, forte contrariedade para a estratégia do técnico Pedro Martins. Em termos disciplinares, o Benfica queixou-se de uma grande penalidade e o Rio Ave pediu o segundo amarelo para um Samaris desligado do jogo. Globalmente a partida foi equilibrada na primeira parte, com mérito para a atitude pisitiva das equipas que repartiram os lances de perigo superiorizando-se o Benfica ligeiramente na posse de bola. 

Segunda parte: Jonas sambou nos últimos minutos

Para a segunda parte, o astuto Rui Vitória deixou Samaris no balneário depois do grego ter protagonizado uma exibição desastrosa. Para o seu lugar entrou Fesja mas foi Jonas que começou a todo o gás com um remate forte que quase traiu o guardião Cássio. Este apontamento do génio goleador lançou os encarnados para um início de segunda parte intensa, com Mitroglou a ficar perto do golo depois de uma jogada ensaiada por Gonçalo Guedes e Renato Sanches. Nos primeiros 10 minutos da segunda parte, o Rio Ave não saiu sequer do seu meio-campo, mérito para a pressão asfixiante do miolo dos homens da Luz.

O menino Renato esteve incansável na recuperação de bolas e era quase instantânea a forma com lançava o ataque. Apesar da pressão e da vontade de chegar ao golo, faltaram oportunidades claras ao Benfica. Com Mehdi Carcela já em campo, Jonas obrigou Cássio a uma defesa competente; na cobrança do canto, Pizzi encheu o pé para nova defesa de Cássio. O envolvimento de Renato e Jonas foi marca d'água no desenho táctico do Benfica mas a restante armada ofensiva dos encarnados mostrou-se algo apática. O melhor que o Rio Ave conseguiu foi um remate cruzado de Ukra, que Júlio César resolveu sem problemas.

Nos últimos 20 minutos, Pizzi surgiu em zona privilegiada mas atirou por cima desperdiçando um lance prometedor. Pouco depois foi Carcela a iludir os mais de 45 mil na Luz com um tiro que fez bailar a linha lateral. No pressing final, os encarnados esmagaram a defesa do Rio Ave com Renato Sanches a bombardear as luvas de Cássio, que foi decisivo a negar o golo ao mini-prodígio da Luz. A poucos minutos dos 90, Jonas não desistiu e furou as redes de Cássio com um cabeceamento indefensável, a passe de Carcela (dinamizou o ataque vermelho). O canarinho aumentou a sua conta na Liga para 13 golos, dando o grito que faltava para somar os 3 pontos.

No lance imediatamente a seguir, o recém-entrado Raúl Jiménez lançou um petardo para as redes de Cassio, fixando o 3-1. No golo do mexicano, relevo para o incrível Jonas, que fez a assistência para o tento da tranquilidade. Antes do apito final de Manuel Oliveira, Pizzi atirou com estiolo ao poste, faltando apenas a felicidade ao internacional português. Em suma, a vitória encarnada aceita-se perfeitamente perante uma segunda parte completamente dominada pelas águias, que chegaram a asfixiar os defensores do Rio Ave.

Os destaques encarnados vão para Renato Sanches e Jonas, com relevo para o menino das escolas do Benfica que dinamizou o meio-campo e rematou por inúmeras vezes. O melhor marcados, Jonas tem sido o abono da família benfiquista e leva já 13 golos no topo dos melhores marcadores da Liga Portuguesa. No Rio Ave, Bressan fez o golo dos forasteiros e foi um dos elementos mais em foco na estratégia de Pedro Martins. Contas feitas, o Benfica permanece em terceiro com 31 pontos e o Rio Ave desceu para o sexto posto com os mesmos 21 pontos, sendo ultrapassado pelo Vitória de Setúbal que também venceu nesta jornada.