Quando, a 27 de Agosto deste ano, o FC Porto passou a conhecer os adversários que teria no caminho para um lugar entre as 16 melhores equipas da europa (mínimo exigível a um clube do patamar do FC Porto), previa-se um trajecto complicado para os dragões numa luta que seria a três com os campeões ucraniano e inglês, Dynamo Kyiv e Chelsea.

Os encontros com o Chelsea seriam aqueles que, de longe, teriam um maior impacto mediático por tudo o que involve o regresso de José Mourinho ao Dragão e pelo papel que uma equipa da dimensão dos londrinos estão sempre obrigados a ter nesta competição.

O percurso portista na fase de grupos da Liga dos Campeões 2015/2016 iniciou-se em Kiev numa partida que representava uma oportunidade única para o Dínamo de, em sua casa, começar a marcar posição no grupo, mas Julen Lopetegui, numa fase em que André André (talvez, até ao momento, a par de Vincent Aboubakar e Miguel Layún, os jogadores mais importantes da campanha europeia dos dragões) apenas começava a sua afirmação, levou para a Ucrânia uma fórmula tática que viria a ser fulcral para os dragões.

Desviando André André para a ala e reforçando o meio-campo com Danilo Pereira, Rúben Neves (fosse não com os dois portugueses em conjunto), Lopetegui conseguiu garantir uma estabilidade ao nível da posse e capacidade de pressão do meio-campo que tem feito a diferença nos jogos europeus e que eleva esta equipa do FC Porto para um patamar mais estável, tornando-a um adversário mais difícil para qualquer equipa.

No jogo da Ucrânia, foi por uns minutos (e com alguma polémica) que o FC Porto, depois de virar o resultado para 2-1 a seu favor, não conseguiu garantir 3 pontos que, por serem no campo de um adversário directo, seriam um grande passo para os dragões rumo ao objetivo principal. Se o 2-2 na Ucrânia, a priori, não podia ser encarado como um mau resultado, a verdade é que, depois de uma exibição com personalidade, jogada a maioria do tempo (principalmente na segunda parte) no campo do Dínamo, 1 ponto soube a pouco.

Mas esta versão do FC Porto menos exuberante que a do ano passado, mas cuja solidez residia no meio-campo composto por 3 unidades mais uma disfarçada de extremo (quase sempre André André mas com outros jogadores como Evandro com caraterísticas para cumprirem o papel), haveria de ser recompensada na jornada a seguir.