A vida não está fácil para o novo treinador do Benfica, Rui Vitória - depois de três clássicos, o técnico dos encarnados continua a não conseguir levar a água ao moinho das águias, tendo registado três derrotas sem sequer marcar um único golo. O técnico ex-Vitória SC abriu a temporada com uma derrota, perdendo o momentum de arranque frente ao rival Sporting e também a Supertaça Cândido Oliveira - logo aí, o Leão motivou-se e a Águia encolheu-se.

Um golo disparado por Carrillo e finalizado, inadvertidamente, por Teo Gutiérrez, condenou o Benfica à primeira derrota da temporada e a um início de época turbulento que viria a traduzir-se na inesperada derrota em Aveiro, frente ao Arouca; mas, no segundo clássico, no Dragão, o Benfica de Rui Vitória voltou a perder, voltando a ficar em branco. Um golo tardio de André André decidiu um jogo equilibrado que o FC Porto passou a dominar nos 30 minutos finais.

No passado Domingo, perante um duelo de nervos onde o Benfica tinha bem mais a perder que o visitante Sporting (desvantagem pontual de 5 pontos que antecedia o «derby»), Rui Vitória voltou a não encontrar a sorte. Teo, novamente após um ressalto, inaugurou o marcador logo aos 8 minutos e não mais os encarnados se viriam a recompor do baque. Slimani fez o 2-0 (21 minutos) e Bryan Ruiz (36) deu o golpe final ainda a primeira parte não tinha terminado.

Três clássicos, três derrotas, cinco golos sofridos e zero marcados -  um saldo extremamente negativo deste Benfica, saldo que poderá agravar-se ainda mais por alturas da deslocação dos encarnados ao reduto de Alvalade, na próxima eliminatória da Taça de Portugal. Em Novembro, o Benfica visitará o Sporting e, caso reincida na derrota, poderá, à conta dos desaires com os rivais, perder o segundo troféu da temporada. 

Adivinham-se tempos difíceis para as bandas da Luz, com o capital de confiança da equipa de Rui Vitória, e do próprio, a não ser, de longe, o mais saudável. Salva-se o triunfo histórico do Benfica no árduo campo do Vicente Caldéron, frente ao poderoso Atlético Madrid, mas a forma interna das águias tem estado longe de merecer os aplausos de uma plateia, que, apesar do célebre minuto 70 da adepta bonomia solidária, não hesitará em exigir o rolar de cabeças caso as derrotas voltem a pairar sobre o universo benfiquista.