O rescaldo do clássico do passado Domingo, entre Benfica e Porto, trouxe mau-estar ao ambiente vivido no clube da Invicta. O empate a zeros, na Luz, gorou as possibilidades do FC Porto depender de si próprio para atacar o campeonato, aproximando os portistas de um jejum que não se repetia desde o ano de 1986.

A frustração do mau resultado e a paupérrima exibição trouxeram tensões ao balneário portista, com Julen Lopetegui no epicentro da contestação. O treinador basco abordou, de forma assertiva e crítica, os centrocampistas Herrera e Óliver Torres, a caminho do balneário, logo após o apito final de Jorge Sousa.

Julen Lopetegui criticou os níveis exibicionais dos dois jogadores, chegando mesmo a intensificar os ânimos quando abordava, em acalorada discussão, o mexicano Herrera, que começou a partida no banco de suplentes. O caloroso cumprimento entre Jorge Jesus e Quaresma também desagradou ao técnico basco, por ter acontecido em público e não nos confins do túnel (exemplo de Jackson Martínez).

Os índices anímicos da equipa portista desceram de forma gritante, com o conjunto nortenho a demonstrar descrença na liderança do técnico Lopetegui. Com a ausência de triunfos, a dúbia gestão do plantel (Fabiano foi preterido no clássico, Herrera e Quaresma perderam o estatuto de titulares e Brahimi saiu de campo agastado) e os atritos internos do pós-clássico, está tremida a integridade técnica do treinador junto do plantel.