O FC Porto está em apuros, a contas com uma onda de lesões que afecta alguns dos jogadores mais cruciais do plantel de Julen Lopetegui. Se a lesão do goleador indefectível Jackson Martínez abalou a estrutura desportiva do clube, pelo peso incomensurável do colombiano na produção da equipa, o percalço físico de Cristian Tello veio piorar a situação do clube da cidade Invicta.

A Jackson Martínez e a Tello, junta-se, actualmente, o central Maicon, líder do quarteto defensivo; três baixas de vulto que comprometem as aspirações futuras do FC Porto. Jackson, que se lesionou na batalha da Pedreira, contra o Braga, demora a regressar à competição (passou já um mês desde o contratempo físico do internacional sul-americano) e apenas estará apto a competir por alturas do primeiro confronto com o Bayern, na próxima semana.

Tello, que atravessava um período extremamente profícuo, desfalcou a equipa e aumentou as dores de cabeça do treinador basco - o extremo emprestado pelo Barcelona apontara cinco golos entre o clássico contra o Sporting (apontou hat-trick no Dragão) e o duelo na Choupana (na jornada 26 da Liga), tendo, pelo meio, resolvido o encontro da Pedreira.

Se sem Jackson o Porto perde um goleador assíduo, fiável como um «relógio suíço» letal que dá as horas dos golos, sem Tello os portistas perdem o rasgo e a velocidade que, no último mês e meio, fizeram a diferença em jogos de importância inegável, como Sporting, Braga e Nacional - o extremo espanhol estará, devido à ruptura de ligamentos, em vias de falhar o crucial Benfica x Porto do final do mês.

Os dois jogadores valem 34 golos em todas as competições nesta temporada 2014/2015, valor que reflecte limpidamente a importância combinada dos dois elementos - se a ausência de Tello poderá ser colmatada com a magia de Ricardo Quaresma, o afastamento de Jackson Martínez deixa a equipa órfã de um «matador» experiente e completo a todos os níveis , sejam eles técnicos, sejam eles tácticos.