Algumas perguntas se elevam, quando, no rescaldo da derrocada do Sporting B diante do Atlético CP, na jornada passada, se analisa a constituição da formação B leonina, bem como a sua fraca actuação, contrastante com a excelente exibição do Atlético. A pesada goleada de 5-0, em jogo da Segunda Liga, viu um Sporting B de 10 milhões de euros, pleno de contratações de Verão, cair perante um modesto e trabalhador Atlético.

Quinaz e Palacios bisaram, numa partida que contou com um golo do médio veterano Silas, de 38 anos, regressado de uma aventura no estrangeiro (Chipre). O Sporting B, do outro lado da barricada, apresentou-se amorfo, apático e descontrolado: ao intervalo já a equipa da casa vergava o Sporting B por 3-0. A equipa orientada por João de Deus nunca foi capaz de se bater de igual para igual com a oposição treinada por Rui Nascimento.

Com quatro jogadores contratados no passado Verão, o Sporting B apresentou um onze cifrado em cerca de dez milhões de euros - Rami Rabia, Ryan Gauld, Simeon Slavchev, Hadi Sacko e Ousmane Dramé (contratado em 2013/2014), mantendo no banco jovens valores como Iuri Medeiros ou Gelson Martins. Ainda assim, a diferença de orçamento patente nos onzes iniciais não foi suficiente para equilibrar as forças em campo.

Nos dezoito convocados para a deslocação ao reduto do Atlético CP, o Sporting B apresentou seis jogadores contratados pela direcção leonina de Bruno de Carvalho, que, de uma maneira ou doutra, permanecem (muito) longe das preferências do treinador da formação principal, Marco Silva. Poder-se-á levantar as seguintes questões: que pertinência tiveram grande parte das contratações da nova direcção do Sporting? Estarão essas condenadas ao oneroso fracasso? Que impacto terão estas inclusões na equipa B, tendo em conta uma hipotética descaracterização da equipa B?