O desfecho do encontro entre o Nacional e o Benfica, a encerrar a 23ª jornada da Liga, permitirá ao vencedor angariar pontos decisivos para a fixação da sua posição na competição. Por um lado, o visitante encarnado procura manter a margem pontual de 7 pontos na liderança. Por outro, os madeirenses tem a oportunidade de se estabilizar no 5º lugar e continuar o caminho no alcance da Europa.

Quem joga por último, conta melhor

O facto do Benfica e o Nacional jogarem esta segunda-feira permite-lhes entrar em campo com objectivos bem definidos, sabidos que estão os resultados dos seus principais adversários. A vitória do Sporting sobre o Porto (1-0) prova que o Benfica não pode cometer deslizes e que os três pontos são essenciais para manter a liderança confortável. No entanto, o Nacional pretende aproveitar os desaires dos seus adversários directos na luta pelo acesso à Liga Europa, uma vez que o Braga e a Académica empataram, enquanto o Marítimo e o V. Guimarães perderam, nesta jornada.

Manuel Machado, técnico do Nacional, vai a jogo com as contas feitas, alinhando os objectivos dos insulares para esta noite. «É com ambição que vamos para o jogo. Queremos conseguir chegar ao fim nos cinco primeiros lugares. Estamos lá mas á mais difícil manter do que lá chegar. A fasquia vai andar nos 43/46 pontos e por isso quem conseguir adicionar mais 13 ou 14 pontos, vai conseguir lá chegar», enunciou na conferência de imprensa.

Respeito pelo adversário

Embora o Nacional pretenda inverter a maré de derrotas frente aos encarnados nesta época (perderam na Luz, na primeira volta do campeonato, por 2-0 e na Choupana, em jogo a contar para a Taça da Liga, por 1-0), Manuel Machado reconhece as dificuldades nesta recepção, mostrando ter o adversário estudado: «Uma das grandes ferramentas que o Benfica tem é ter um modelo que é quase único no contexto das dezasseis equipas que militam nesta prova. Quase toda a gente joga com modelos 4x3x3, 4x2x3x1, o triângulo no meio 2+1 ou 1+2 e o Benfica tem um modelo diferente que é o 4x4x2», explicou, adiantando que esta «é uma estrutura de continuidade que permite ter um Benfica muito eficaz, quer no plano interno, quer no plano internacional».

No plano internacional, o Benfica carregou os níveis de motivação, com a vitória frente ao Tottenham (3-1), na passada quinta-feira, a contar para a Liga Europa. Depois da deslocação a Inglaterra, o Benfica partiu este domingo para a Madeira, antevendo um encontro difícil. «Os jogos na Madeira são sempre difíceis. Tirando os grandes, o Nacional é a melhor equipa. Já tirou pontos no Dragão e em Alvalade. Não vamos ter facilidades», declarou o técnico Jorge Jesus, em conferência.

Lesão de Artur leva a viagem de júnior

Na comitiva encarnada viajou Miguel Santos, guarda-redes dos juniores, para fazer face àausência do guarda-redes Artur, que se encontra de fora dos convocados por motivo de lesão no ombro direito. Também Ivan Cavaleiro não contará como opção para Jesus, à conta de traumatismo no pé direito. Fora as ausências por lesão, também Fejsa falha a deslocação, a cumprir jogo de castigo, bem como Djuricic e Steven Vitória, por opção técnica. No lado do Nacional, não serão avistados Skolnik, Jaime e Rui Silva, todos lesionados.

«Alteramos sempre alguns jogadores»

A gerir os esforços, após a deslocação a Londres, Jorge Jesus admite que pode fazer rodar jogadores no onze inicial, como disso faz hábito. «O tempo de recuperação não é o ideal mas serve perfeitamente para recuperar os jogadores. Penso que por aí não haverá muitos problemas. Alteramos sempre alguns jogadores nas competições europeias e este jogo vai enquadrar-se na mesma ideia», disse. Fazendo contas ao onze encarnado, e perante a ausência de Artur, mais um passo será dado na confirmação da titularidade do guardião Oblak, enquanto na defesa Maxi deverá alinhar de início, após a ausência frente ao Tottenham. Para cobrir a falta de Fejsa, deverá alinhar Ruben Amorim, embora André Gomes possa ser opção inicial.

O ataque deverá permanecer nos pés de Rodrigo e Lima, dupla de confiança do técnico. A propósito, Rodrigo declarou, ao jornal espanhol Marca, estar adaptado a recuar no terreno perante a posição do companheiro Lima: «É o meu melhor momento aqui e estou cada vez mais a adaptar-me à minha nova posição. Estava habituado a jogar mais à frente no campo, mas o técnico entendeu que as minhas características se adaptam bem a um jogo mais atrasado, no apoio ao primeiro avançado».

No lado oposto do terreno, o ataque também deverá ser preenchido por um jogador do clube da Luz, uma vez que Manuel Machado tem apostado em Djaniny, cedido pelo Benfica ao Nacional, a título de empréstimo.

Benfica é melhor na História

Tivesse o histórico de confrontos influência no resultado deste encontro e o Benfica sairia vencedor. O Nacional apenas venceu 4 jogos, no total de 35 disputados entre as duas equipas, enquanto os encarnados ganharam por 25 vezes. Com a orientação de Manuel Machado, os alvi-negros venceram o Benfica, pela última vez, em 2009/2010, por 2-1.

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