Na memória dos sportinguistas ficará para sempre gravada, a política desastrosa do engenheiro Godinho Lopes à frente do Sporting Clube de Portugal. Uma gestão terrível, ao nível desportivo e financeiro, que levou muitas pessoas a equacionar a extinção do próprio clube. A recente eleição de Bruno de Carvalho representou o renascer da esperança dos leões e, desde cedo, se percebeu que a atitude e a convicção, com que este encarava o projecto era de alguém que realmente tem conhecimento do que é gerir um clube da dimensão e com o historial do Sporting.

De um lado, Godinho, com 2 anos à frente da presidência do Sporting, com mais de 40 milhões de euros investidos em contratações duvidosas, 4 treinadores e com resultados desportivos desoladores, que deixaram o Sporting a uma distância assombrosa dos rivais Porto e Benfica. Do outro lado, Bruno de Carvalho, há um ano à frente do clube e que encarou esta época 2013/2014, com um orçamento de 15 milhões de euros, em que o plantel é composto essencialmente pela «prata da casa», orientado por um treinador que é fiel às convicções do presidente e, que acima de tudo, demonstra conhecer a cultura do clube, o que tem permitido, mesmo com menos recursos, aproximar-se da realidade das águias e dos dragões.

Um leão pouco felino com Godinho ao leme

Para entender as reviravoltas do novo leão, nada melhor do que recuar até à gestão de Godinho Lopes que, para desgosto dos sportinguistas tomou posse em Março de 2011. A desconfiança e a incoerência instalaram-se logo na noite da eleição, com uma evidente falta de transparência na contagem dos votos. Com ironia ou não, era com o actual presidente, Bruno de Carvalho (dado como vencedor nas sondagens), que Godinho concorria. O resultado desta noite eleitoral provocou confrontos entre os associados mas, ainda assim, permitiu a Godinho iniciar o seu projecto à frente dos leões.

A compor a equipa presidida por Godinho Lopes estavam o vice-presidente, Paulo Pereira Cristóvão e os homens fortes do futebol, Carlos Freitas e Luís Duque, que estiveram encarregues da contratação do técnico, Domingos Paciência e de dezanove jogadores, para encarar a época 2011/2012. Para uma equipa que estava, claramente, com dificuldades financeiras parece quase inacreditável, como é que Godinho Lopes gasta mais de 40 milhões de euros (100 milhões no conjunto das despesas de todos os funcionários) na renovação do plantel (por exemplo, Elias- 11 milhões de euros). Neste plantel, Domingos Paciência contava com 16 nacionalidades diferentes, num conjunto de 25 jogadores e, perante tanta mudança, o técnico reafirmava que, apesar de ter a ambição de ser campeão, precisava de tempo para compor a equipa, tanto técnica como tacticamente. Isto ia no sentido contrário ao discurso do presidente, que chegou a afirmar que, os seus reais adversários seriam o Real Madrid ou Barcelona e não, o Porto ou o Benfica. Para uma estrutura que se pretende forte e ambiciosa, é necessário existir coerência e unanimidade no discurso do presidente, dos directores e do treinador o que, neste caso, instalou um clima de desconfiança desde o início, para uma equipa que estava claramente abaixo dos rivais.

Com Domingos Paciência na equipa técnica do Sporting, esta jogou num 4x3x3 e a equipa base era composta por: Rui Patrício, João Pereira, Onyewu, Polga, Insua, Rinaldo, Schaars, Elias, Capel, Carrilho e Wolfswinkel. Com apenas 2 portugueses no onze, era evidente que existia um claro desaproveitamento da academia leonina, com jogadores como Cédric Soares, Adrien Silva ou Wilson Eduardo emprestados (jogadores que têm tido um bom aproveitamento no actual plantel). Numa primeira fase, a equipa demonstrou algum rendimento e chegou mesmo a atingir 7 vitórias consecutivas, no campeonato e o primeiro lugar no seu grupo da Liga Europa. O técnico começava a construir um conjunto, em que cada jogador sabia o que fazer dentro de campo mas, ao primeiro deslize, notava-se a falta de uma estrutura sólida, que não dava tranquilidade e confiança à equipa técnica. Com desaires na Liga, que deixaram o Sporting longe dos rivais, o presidente, de uma forma precipitada, pôs em causa o projecto que o levou a ganhar as eleições e demitiu, de forma precoce, Domingos Paciência, aumentando assim a desconfiança dos sócios e adeptos dos de Alvalade.

De uma forma resumida, este despedimento foi uma total falta de respeito para com os sócios do Sporting, que haviam eleito Godinho Lopes, em parte porque seria Domingos o treinador e demiti-lo ao fim de 35 jogos, só demonstra que esta estrutura não tinha qualquer espírito de liderança e, com tanta polémica fora das 4 linhas, a equipa ressentia-se e, perante 16 nacionalidades diferentes e com alguns jogadores a quererem protagonismo, como Elias, Onyewu, transparecia uma falta de união que impedia a formação leonina de reagir às adversidades, coisa que, actualmente, se verifica no reino do leão. Nas partidas em que esteve à frente do Sporting, o técnico alcançou 19 vitórias, 9 empates e 7 derrotas, o que para uma equipa nova em todos os aspectos, não deixava de ser uma boa estatística, reforçando a ideia que Godinho Lopes e a sua direcção, não souberam acreditar num projecto que eles próprios construíram. Após o despedimento, fica para a história uma das frases mais incoerentes do mandato de Godinho Lopes e fica tudo dito quando o próprio afirma que: «A saída de Domingos Paciência é uma questão que não faz sentido. Os resultados do clube não satisfazem, mas a equipa técnica que dirige o Sporting é outra coisa. (…) há ainda um longo caminho a percorrer».

35 jogos depois, sai Domingos e entra Sá Pinto

Ao recomeçar tudo da estaca zero, Carlos Freitas e Luís Duque, contrataram Sá Pinto, com o técnico a entrar numa fase difícil. Com esta mudança, os jogadores transpareceram alguma instabilidade que provinha da estrutura do clube e, perante o novo treinador, tiveram que reaprender um novo sistema táctico. Fora das 4 linhas, o caso de Pereira Cristóvão, em nada contribuiu para a estabilidade da instituição, levando mesmo à demissão de nomes como: Carlos Barbosa ou Luís Duque, da direcção do clube. Ainda assim, a equipa chegou às meias finais da Liga Europa e à final da Taça de Portugal, o que faria prever uma boa temporada 2012/2013, com os mesmos jogadores e com alguma aposta na formação. Esta temporada de 2011/2012, que levou os leões ao Jamor, não passou disso mesmo, com os leões a serem derrotados por 1-0, com a agravante de terem sido jogadores como Cédric, Adrien e Marinho, a darem a vitória à Académica. Apesar de nesta época ter chegado às meias finais da Liga Europa, o Sporting de Sá Pinto jogava de forma completamente diferente que a de Domingos, com um sistema táctico demasiado defensivo para uma equipa grande e que se quer ambiciosa, daí não ter conseguido alcançar a final dessa mesma competição. A principal diferença táctica entre os dois “Sportings” reside na existência de um duplo pivot no meio campo, com Schaars a colar-se a Rinaudo, no meio campo defensivo leonino.

No final desta época, o Sporting terminou em 4º lugar (59 pontos) do campeonato, a 3 pontos do Braga, 10 do Benfica e a 16 do campeão Porto. Estes números são catastróficos para uma direcção que investiu vários milhões de euros, direcção essa que não soube aproveitar um treinador ambicioso e promissor como Domingos, acabando por contratar Sá Pinto, que não fazia parte do projecto inicial de Godinho Lopes. Durante os dois anos de mandato de Godinho Lopes, tanto Carlos Freitas como Luís Duque, demonstraram apatia em defender os interesses do clube, deixando sempre os treinadores expostos ao escrutínio da opinião pública e dosmedia. Para a nova época, quando se esperava uma consolidação do plantel contratado na época anterior, bem como, uma aposta mais evidente na academia de Alcochete, eis que a “brilhante” gestão desportivo-financeira de Godinho Lopes voltou a evidenciar-se, com mais 25 milhões de euros investidos em contratações, também estas duvidosas. Os responsáveis leoninos contrataram jogadores que, para além de estarem em baixo de forma, albergavam uma camada salarial, muito acima das possibilidades de um clube que, para além, de estar num projecto novo, havia terminado em 4º lugar, na época anterior a estas contratações (exemplos: Pranjic, Gelson Fernandes e Boulahrouz). As únicas excepções de jogadores formados no clube, a integrarem o plantel principal foram: Adrien e Cédric, o que realçou, uma vez mais, que a direcção do Sporting não soube aproveitar os talentos que começavam a despoletar na academia, talentos esses que, neste momento, são indispensáveis para descrever a nova garra do leão (exemplos: William Carvalho, inexplicavelmente emprestado a um clube belga e também o caso de André Martins, que actualmente compõem o sector intermediário do Sporting).

Tal como tinha ocorrido com Domingos, assim que a época 2012/2013 se mostrou complicada para os lados de Alvalade, os dirigentes voltaram a recorrer à chicotada psicológica, principalmente devido à campanha desastrosa que o Sporting teve na fase de grupos da Liga Europa, onde ficou em último lugar, num grupo acessível. Perante isto, todo um projecto delineado com Sá Pinto foi por água abaixo e, entre mais contratações, mau ambiente no balneário, demissões na direcção e falta de cultura de clube grande, as reviravoltas que tanto se falam actualmente seriam de todo utópicas. À frente dos verde e brancos, Sá Pinto esteve presente em 30 jogos, com 15 vitórias, 7 empates e 8 derrotas (curiosamente, com uma média abaixo de Domingos Paciência).

Carlos Freitas lança Vercauteren e abandona o clube

Com a situação directiva cada vez mais frágil, e com mais uma política desastrosa que só beneficiava os rivais do Sporting, Carlos Freitas, antes de apresentar a sua demissão, surge miraculosamente, com mais um treinador, desta feita vindo do estrangeiro, de seu nome Vercauteren, que apenas serviu para destruir as poucas bases técnico-tácticas que a equipa tinha com Domingos e, em menor escala, com Sá Pinto. O plantel entrava em campo cabisbaixo, sem confiança e sem impor as qualidades que, ainda num passado recente, havia demonstrado. Mesmo sem perceber muito de futebol era expectável que o desenlace do belga Vercauteren à frente do Sporting seria desastroso, com o treinador a disputar apenas 11 jogos, com 2 vitórias, 4 empates e 5 derrotas. Se com Sá Pinto, a equipa não acreditava muito, com Vercauteren, o plantel atingiu o máximo de ineficácia em jogar futebol, com um treinador a receber um salário que chegava a ser superior ao de Domingos e Sá Pinto e, com Godinho Lopes cada vez mais só, todos os intervenientes no futebol português e quem aprecia realmente a modalidade, ficavam cada vez mais incrédulos e surpresos com tamanha incompetência desportiva e financeira.

A marcação de eleições e a queda de Godinho

Um factor que elucida de forma cabal, que a escolha de Vercauteren foi da total responsabilidade de Carlos Freitas, é a contratação de Jesualdo Ferreira, para director do futebol, o que, no fundo, não passava de um disfarce para as reais intenções que o presidente tinha, para o comando técnico do clube. O plantel chegou ao ponto de não saber quem era realmente o treinador e, perante a esperada saída do belga, foi Jesualdo Ferreira, sem surpresas, a ocupar o lugar de treinador do Sporting. Com tanta contestação dos sócios, com as contas do clube cada vez mais desequilibradas e uma equipa que não acreditava no projecto e, por forma a evitar que o Sporting caísse no abismo, o presidente da Assembleia Geral, Eduardo Barroso, marcou eleições para 24 de Março de 2013 e o projecto que, inexplicavelmente, havia perdido as eleições frente a Godinho, chegou democraticamente ao comando directivo do Sporting, com uma lista encabeçada por Bruno de Carvalho que, desde logo deixou uma mensagem forte aos sportinguistas: «O Sporting é nosso».

Com uma estrutura bem delineada, onde cada elemento sabia e sabe quais as funções que tem que exercer no clube, o Sporting, com os “pés bem assentes no chão”, com Bruno de Carvalho ao leme, desde logo se deparou, com uma instituição «feita em cacos» e que o presidente, na primeira semana do mandato, teve o cuidado de tratar de assuntos orçamentais com a banca, por forma a evitar o colapso, de um dos clubes mais históricos do futebol português. Para além do presidente, o Sporting contava com o homem forte do futebol, Augusto Inácio e, para terminar a época de 2012/2013, Jesualdo Ferreira continuou a comandar a formação leonina, nesta que foi a pior época de sempre, para os verde e brancos, com um inexplicável 7º lugar, com 42 pontos e uma estatística incrível de 36 golos marcados e 36 sofridos, já para não falar, que a distância para o 3º foi de 12 pontos, para o segundo de 35 e para o 1º foi de 36 pontos, que deixou os adeptos leoninos e a opinião pública, em geral, perplexos.

Com Bruno de Carvalho «acabaram-se as abébias»

Com as contas do clube minimamente reequilibradas, a época 2013/2014 chegou e, com ela, veio também, uma nova esperança para um clube emblemático que procurava recuperar o respeito que a história se encarregou de justificar. Com um orçamento de 15 milhões de euros e uma tremenda ginástica financeira de Bruno de Carvalho para pagar a jogadores milionários como Elias, Labyad ou Jeffren, bem como, ao técnico belga Vercauteren, esta temporada era claramente de contenção e de aposta na formação da casa, com Virgílio Lopes e Augusto Inácio encarregues da contratação do técnico Leonardo Jardim que, desde logo, mostrou uma sintonia com a estrutura que à partida, para uma nova época e um novo projecto, representa meio caminho andado para disputar de forma coerente e de acordo com a grandeza do clube, as provas em que o Sporting se insere.

Com um onze inicial formado por: Rui Patrício, Cédric, Rojo, Maurício, Jefferson, William Carvalho, Adrien, André Martins, Carrilho, Mané (Capel ou Wilson Eduardo) e Montero (com Slimani a ser uma alternativa credível), o Sporting iniciou a temporada e,com um começo fulgurante, contra todas as expectativas, tem conseguido ombrear com os rivais Benfica e Porto, que têm o triplo do orçamento dos leões. Destaque para a audácia do treinador, que reequilibrou o meio campo, com o fantástico William Carvalho a médio defensivo, que dá a Adrien, uma liberdade técnico-táctica, que lhe permite, não só apoiar o número 10, André Martins como também, integrar-se no ataque, representando, este desenho do meio campo, a chave do 2ª melhor ataque do campeonato e, sem desguarnecer o sector defensivo, que era o principal handicap da era Godinho Lopes. Sem disputar provas europeias, o Sporting foi injustamente eliminado, tanto da Taça de Portugal, como da Taça da Liga, por questões administrativas e de arbitragem mas, acima de tudo, e apesar de não ter conseguido vencer qualquer clássico até ao momento, passou a jogar de igual para igual com os rivais, sempre com o intuito de disputar a vitória.

O segredo desta equipa, ao longo destas 22 jornadas do campeonato, tem sido a união directiva que passa para o treinador, união essa que, com tranquilidade, ambição e, acima de tudo vontade em representar o emblema de Alvalade leva a equipa a acreditar que é possível reerguer o Sporting, daí tantas reviravoltas que o Sporting tem conseguido efectuar, quando tem estado em desvantagem em algumas partidas no campeonato. Até ao momento, os leões já conquistaram 48 pontos no campeonato, com 42 golos marcados e 16 sofridos, o que permite aos de Alvalade serem a 2ª melhor defesa do campeonato e o 2º melhor ataque. Em comparação com a época passada, o Sporting já alcançou mais 6 pontos, em 22 jornadas do que nas 30 de 2012/2013, o que diz muito da eficácia que a estrutura encabeçada por Bruno de Carvalho, coordenada futebolisticamente por Augusto Inácio e Virgílio Lopes, passando pelo técnico Leonardo Jardim, que tem sido fiel às suas convicções e, com uma boa orientação táctica, permite a um plantel jovem ganhar experiência com a competição.

Antes do clássico, as reviravoltas que servem de aviso aos dragões

Com o clássico tão perto e para melhor compreender a mudança radical na estrutura do Sporting, nada melhor do que perceber qual a real importância que um presidente tem num clube de futebol. Com Pinto da Costa no Porto, os dragões têm vencido vários títulos nos últimos 30 anos e, à excepção desta época, tem sido reconhecido total mérito ao líder azul e branco. Por seu lado, Bruno de Carvalho tem vindo a recuperar a mística do Sporting e, neste clássico, procura a 1ª vitória dos leões frente a rivais directos, na luta pelo título.

Para consolidar o 2º lugar, o Sporting tem como fonte de inspiração, as 5 reviravoltas que alcançou ao longo desta época. Logo na 1ª jornada e perante o seu público, foi o Arouca que se adiantou no marcador, por Bruno Amaro mas, com uma atitude guerreira e com a grande surpresa de então, Fredy Montero, os leões tiveram a tranquilidade necessária para virar o resultado, para 5-1, o que na época passada, seria de todo improvável, atendendo à falta de cultura de clube grande e de ambição que a estrutura e, consequentemente, a equipa demonstravam. Frente ao Marítimo e novamente para o campeonato, o Sporting começou por ter uma desvantagem significativa de 0-2 contudo, com mais uma extraordinária atitude e querer, virou o resultado para 3-2. Quando o Sporting se deslocou a Arouca, a história repetiu-se, com os leões, de novo em desvantagem frente aos arouquenses mas, com a perseverança do costume e comSlimani e Mané a serem os rostos desta magnífica reviravolta. De novo com Slimani e Mané em evidência, um pela garra, outro pela velocidade/técnica, o Sporting repetiu a proeza frente ao Rio Ave e, depois de estar em desvantagem por 1-0, acabou por bater o Rio Ave por 1-2, no estádio dos Arcos. Com uma recepção difícil frente ao Braga, não foi o auto golo de Rui Patrício que impediu Slimani e Jefferson de brindarem os mais de 30 mil adeptos em Alvalade, com o volteface do costume (2-1 para o Sporting).

Tendo os leões mais 2 pontos que o Porto e depois do árbitro do jogo frente ao Setúbal ter impedido mais uma reviravolta do Sporting, a troupe de Alvalade galvanizou-se e irão abordar, com uma confiança redobrada, o último clássico da temporada (Sporting- 48 pontos e Porto- 46 pontos). Quem pensa que estas reviravoltas são só dentro das 4 linhas está redondamente enganado. Estes voltefaces começaram de cima para baixo, isto é, a maior diferença reside em ter um presidente forte, uma estrutura que, para além de perceber de futebol, percebe, acima de tudo, a cultura do clube e isso permite à equipa técnica e ao plantel demonstrarem em campo, que a época passada foi apenas um percalço e só com esta base de trabalho é que uma equipa com tão poucos recursos e tão jovem consegue manter a ambição para com esforço, devoção, dedicaçãoalcançar a glória que irá devolver o prestígio que em tempos fez do leão Rei.