Duelo de muita História entre dois conjuntos que não atravessavam o seu melhor momento - longe disso, aliás… -, com o Benfica a ter muito que comprovar numa sempre complicada deslocação ao Estádio do Bessa, na qual até nem poderia desejar melhor entrada ao ter conseguido ter bola e, mais importante, ter conseguido marcar ainda durante a primeira dezena de minutos.

Com efeito, foi logo aos 8 minutos que a águia se colocou na frente a partir de uma jogada envolvente, na qual o principal desequilíbrio foi criado por Andrija Zivkovic a partir do lado esquerdo, e também de pé canhoto a cruzar com conta, peso e medida para o cabeceamento bem medido de Jonas no coração da área, a partir de onde não concedeu quaisquer possibilidades de defesa ao guarda-redes Vagner. No entanto, para lamento dos benfiquistas, a equipa apresenta-se longe dos melhores momentos da equipa transacta, e tal denota-se de forma evidente.

Bulos ainda assustou, mas a águia conseguia sair em vantagem para intervalo

Fases de excelência como nos primeiros meses de 2016, nos quais o Benfica chegou a pedir meças numa eliminatória europeia com o Bayern de Munique, estão neste momento distantes da produção deste Benfica versão Setembro de 2017, como voltou a perceber-se ainda no primeiro tempo, com o primeiro momento de apuro por que passou com um golo (bem) anulado ao Boavista, que quatro minutos após o golo do Benfica depositou a bola nas redes encarnadas, num cabeceamento de Iván Bulos que foi invalidado por posição irregular do dianteiro peruano.

No Bessa, não poderia ter-se dado melhor resposta no primeiro momento pós-Miguel Leal, técnico substituído no decorrer desta semana, e que em tempos terá formulado a frase que melhor se empregou à prestação do Boavista este fim de tarde: “para nós, o ambiente deve ser sempre o mesmo.” E assim foi, com a pantera a agigantar-se na 2ª parte e a apenas necessitar de 10 minutos para igualar a contenda, num lance fortuito criado por uma frouxa tentativa de corte do capitão benfiquista Luisão.

Segunda parte revelar-se ia nefasta para os encarnados que deitariam o resultado a perder

Esse foi o momento que começou a punir um tetracampeão nacional mais reactivo do que proactivo, e a permitir um ascendente por parte do Boavista. O resultado transformou-se no 1-1 através dessa frustrada tentativa de alívio da defesa encarnada, que colocou a bola nos pés de Renato Santos que, num movimento que lhe é característico, encontrou espaço para atirar cruzado e sem hipóteses de defesa para Bruno Varela, que haveria ainda de ter o seu momento negativo na partida à entrada para o último terço do desafio.

O lapso de Varela deu-se ao minuto 74, com o guardião a precipitar-se sobre o esférico de forma incorrecta em resposta ao livre batido pelo criativo Fábio Espinho, que converteu uma falta conquistada em zona frontal por Bulos (provavelmente a melhor unidade boavisteira, tendo feito por merecer os muitos aplausos no momento da sua saída já nos instantes finais), permitindo assim que este passasse as suas luvas e se anichasse no fundo das redes para confirmar a segunda derrota consecutiva do Benfica, primeira da temporada na Liga NOS, e a constatação de uma fase difícil.

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