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Iuri, Renato e Fábio, três panteras à solta

O Boavista atravessa o melhor momento da temporada. Para esta situação muito contribuíram as subidas de forma de jogadores influentes como Iuri Medeiros, Renato Santos ou Fábio Espinho. Os golos e assistências do trio axadrezado ajudaram de sobremaneira à conquista de valiosos pontos, alguns deles inesperados.

Iuri, Renato e Fábio, três panteras à solta
Foto: Lusa
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Por Francisco Ferreira Gomes

Com apenas duas derrotas nos últimos dez jogos, os axadrezados têm vindo a escalar a tabela classificativa da Liga portuguesa, ocupando nesta altura um tranquilo oitavo lugar. Para além de um crescimento colectivo, é preciso destacar o papel de Iuri Medeiros, Renato Santos e Fábio Espinho, assim como a sua qualidade individual influencia o resto da equipa.

Evidência disso mesmo são os números apresentados. Com efeito, nas últimas dez partidas, o Boavista apontou doze golos. Dessa dúzia, nove tiveram intervenção directa de Medeiros, Santos ou Espinho, seja a marcar, seja a assistir. Perante tal influência, não é de admirar que os três jogadores sejam dos mais utilizados pelo técnico Miguel Leal.

Iuri Medeiros e Renato Santos são ambos produtos da formação do Sporting Clube de Portugal, clube mundialmente famoso pelos extremos que faz sair da sua cantera. Com capacidade para jogar em ambos os flancos, Miguel Leal pode assim alterná-los de corredor, confundido as marcações adversárias. Para além disso, ambos os jogadores são pródigos, não só a procurar a linha de fundo, como também a sua elevada capacidade técnica permite constantes flexões para o interior através perigosas diagonais.

Com apenas 22 anos, Iuri Medeiros cumpre a sua terceira época de primeira liga nacional. Depois de deixar saudades em Arouca e Moreira de Cónegos, o açoriano continua a sua fase de crescimento no Bessa, ansiando em dar o salto definitivo para o plantel principal do Sporting na próxima temporada. Tecnicamente falando, o jovem leão não engana, contudo, parece ainda faltar algum rigor táctico para encher as medidas a Jorge Jesus.

Renato Santos teve um percurso diferente do seu colega. Cumprindo parte da sua formação em Alcochete, o extremo acabou por ir para o Rio Ave. Depois de empréstimos a Moreirense, Desportivo das Aves e Tondela, Renato acabou por rumar em definitivo para o Boavista, conseguindo finalmente encontrar o lugar ideal para desenvolver o seu futebol. Rumores de uma alegado interesse do Sporting em vê-lo de regresso são bem indicativos do seu crescimento.

Já Fábio Espinho apresenta uma história bem diferente dos seus colegas. O médio é o principal construtor de jogo dos boavisteiros, sendo o centro-campista com maior apetência na construção de lances ofensivos, e até na sua finalização. Contudo, o espinhense consegue, através de um apurado sentido táctico, equilibrar sempre a equipa no centro do terreno, apoiando os restantes dois médios do tridente axadrezado no árduo trabalho de pressionar e fechar espaços.

Fábio Espinho (assim baptizado por ter nascido nessa mesma cidade), foi formado no FC Porto. Nunca tendo conseguido chegar à equipa principal dos dragões, o médio começou o seu trajecto sénior no Sporting de Espinho, tendo posteriormente jogado no Leixões e Moreirense, isto antes de iniciar a sua aventura internacional.

Tal aventura passou, em muito, pela Bulgária, onde alinhou durante três épocas pelo Ludogorets. As boas prestações no clube permitiram-lhe dar o salto para Espanha, mais propriamente para o Málaga. Contudo, tal passagem por La Liga acabou por ser infrutífera, tendo o médio regressado a Portugal. Depois de um empréstimo ao Moreirense, Fábio acabou por encontrar casa no Boavista, sendo uma das figuras de destaque dos axadrezados nesta que é a sua primeira época no Bessa.

Enquanto estas três panteras negras mantiverem o bom momento de forma, não será de admirar que o Boavista continue na senda dos bons resultados.