O quatro acabou por ser um número marcante para a semana do Benfica: depois de ter encaixado quatro golos em Nápoles, quatro dias depois os encarnados regressavam ao seu lar, o Estádio da Luz, para ‘lamber feridas’ e, acima de tudo, aproveitar nova escorregadela do Sporting para ampliar a diferença sobre os leões e manter a distância para o FC Porto, assim evitando uma jornada perfeita para o dragão. Mas, e acima de tudo, manter a liderança da Liga NOS durante o interregno, devido à paragem para as Selecções e a eliminatória da Taça de Portugal.

Apesar do favoritismo que era atribuído ao conjunto liderado por Rui Vitória, que ao contrário do desafio a meio da semana em Itália, se esperava numa disposição predominantemente ofensiva, a primeira parte ofereceu dificuldades para que a águia pudesse colocar na prática a sua superioridade, de forma a colocar-se em vantagem. Tal apenas sucedeu à passagem do minuto 36 e através de um autogolo de Luís Aurélio, quando o ala fogaceiro procurava aliviar um lançamento longo de Toto Salvio.

O Feirense não facilitou a tarefa às águias // Foto: Facebook do SL Benfica
O Feirense não facilitou a tarefa às águias // Foto: Facebook do SL Benfica

Capacidade de pressão de Salvio foi fundamental para garantir vantagem mais confortável

Desta forma, o respirar de alívio para o líder Vitória - que no segundo dos três anos (renováveis) contemplados pela sua ligação às águias, nunca havia conseguido alcançar uma vantagem pontual tão alargada - apenas se deu na segunda metade, quando o Benfica finalmente fez valer a evidente diferença valorativa entre os dois conjuntos e foi ampliando a vantagem conseguida.

O primeiro tento da etapa complementar, o 2-0, foi concretizado através de novo lance extemporâneo, apenas conseguido pela capacidade de pressão de Salvio, a melhor unidade em campo. Na tentativa de diminuir o espaço para a defensiva contrária, Salvio acabou por se colocar de forma completamente intencional no caminho do corte de Ricardo Dias, que procurava aliviar o esférico de cabeça no interior da sua área aos 62 minutos, e acabou por tornar ainda mais difícil a tarefa do Feirense.

Salvio esteve envolvido em dois dos quatro golos da partida // Foto: Facebook do SL Benfica
Salvio esteve envolvido em dois dos quatro golos da partida // Foto: Facebook do SL Benfica

Ainda na época transacta o Feirense disputava a II Liga, a Ledman LigaPro, e teve a oportunidade de defrontar o FC Porto em duas ocasiões, com uma derrota e uma vitória pelas Taças de Portugal e CTT, respectivamente; nesta tarde, e já estabelecido na Liga principal, a turma de Santa Maria da Feira não conseguiu evitar a derrocada, pelo menos no que ao resultado diz respeito, na Luz.

Segunda metade completamente dominada pelas águias, que avolumaram o resultado

Bastaram 8 minutos após o segundo tento para que o tricampeão nacional voltasse a marcar, agora num lance completamente construído por iniciativa própria, no qual Nélson Semedo cruzou a partir da direita para que o recém-entrado Franco Cervi surgisse de rompante a cabecear para o 3-0.

A tarde haveria mesmo de ser de goleada para a equipa encarnada que, no terreno que ainda em Maio último serviu para a consagração do terceiro título consecutivo numa vitória frente ao Marítimo, ainda chegaria ao 4-0 final, através de um livre. Este puniu falta de Paulo Monteiro  em zona frontal sobre o também suplente utilizado, este em estreia, Andrija Zivkovic. Um livre que foi completamente ao jeito do pé esquerdo de Álex Grimaldo, que assim não enjeitou a oportunidade de figurar na lista de marcadores na jogada que terminaria imediatamente com o desafio. 

Contas feitas, o Benfica permanece líder na tabela classificativa, somando 19 pontos, conquistados em seis vitórias e um único empate. Seguem-se Porto e Sporting, em 2º e 3º lugar respectivamente, ambos com 16 pontos, valendo a diferença de golos ao clube do dragão.

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