Magia, brilho e classe são 3 palavras que definem o estilo de jogo de Nicolas Gaitán. O argentino joga como quer, onde quer e tem a liberdade para fazer com a bola onde quiser. Qualidade em campo já sabemos que é coisa que tem, mas hoje quisemos ver à lupa a prestação do médio encarnado em campo.

A magia esteve lá…. Mas onde ?

Um clássico é sempre um clássico. Seja qual for a situação em que se encontram as equipas presentes em campo. No jogo da passada sexta-feira estava em causa a permanência na liderança da tabela por parte do Benfica. Liderança essa que foi perdida após a derrota por 1-2.

A jogar em casa, o Benfica tinha o favoritismo do seu lado e em Gaitán a magia necessária para garantir que o ataque estava bem acompanhado, mas a verdade é que o argentino acabou por estar muito mais apagado do que inicialmente se previa. 

Começou por jogar na esquerda, mas as investidas portistas pela ala estavam a dificultar o entendimento com Pizzi na direita. Trocaram os alas, Pizzi evoluiu e Gaitan foi tendo trabalho a dobrar para ajudar Eliseu.

E de tanta ajuda que deu, a única participação que contou para a primeira metade do jogo foi o cruzamento que podia ter dado o golo a Jonas aos 23’ minutos. Já aos 25’o choque na área portista com Maxi Pereira ainda assustou todos os presentes. O argentino estava a tentar um pontapé de bicicleta quando deu de costas, literalmente, com o antigo colega de equipa. O capitão do Benfica pareceu ter perdido os sentidos, mas a verdade é que tal não aconteceu e apenas necessitou de assistência por alguns minutos.

O intervalo chegou. Com ele o empate a uma bola e um mágico muito apagado. Ainda assim Nico contava com 11 passes conseguidos e com muito trabalho defensivo.

Foto: DR
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Só Gaitán não chegou

No segundo tempo Gaitán regressou ao lado esquerdo do ataque para prestar o devido apoio a Jonas e Mitroglou, que, como se sabe, mas apesar das tentativas não conseguiram voltar a bater Casillas.

Em velocidade, o argentino tentou recuperar algumas bolas e aos 52’, depois de um grande lance de contra-ataque conduzido pelo colega de ala, Gaitán desperdiçou. Desperdiçou porque escorregou e acabou por atirar a bola por cima, a verdade é que também a marcação de André André acabou por atrapalhar a magia que todos sabemos que o argentino tem nos pés.

A verdade é que, apesar de o jogo permanecer equilibrado, Gaitán continuou sempre atento à frente de ataque e muitas foram as bolas que conseguiu fazer chegar à dupla do ataque encarnado, ainda que a sorte acabasse por não sorrir ao Benfica…

E se ao longo de todo o jogo Gaitán foi o homem que esteve onde era preciso, depois da saída de Eliseu, e de o FC Porto estar a vencer, o argentino desceu para a lateral esquerda onde foi fazendo frente a Corona.

A verdade é que, mesmo a perder, o argentino foi muitas vezes o motor de avanço do Benfica no terreno de jogo. Gaitán recuperou bolas, fez cortes essenciais e ainda teve tempo para os famosos cruzamentos que vão ter ao sítio certo, mas a verdade é que esteve lá Casillas…. Sempre.

Contas feitas, o resultado é conhecido, mas a verdade é que face à alta de eficácia do meio-campo encarnado Nicolas Gaitán fez o que pôde. Sem nunca descurar da qualidade que tanto lhe é, merecidamente, reconhecida.